Alinhamentos

Para os naturalmente desprezíveis a vida não possui valor algum. As personagens deste alinhamento almejam o poder, o enriquecimento e a glória e o conseguem em cima do sofrimento e da angústia alheia. Estas personagens são motivados pelo prazer do ganho pessoal e agem da maneira mais cruel para conseguirem o que querem. Para eles não há nada de errado em tomarem o que querem de pessoas consideradas por eles mais fracas ou incapazes. Pessoas que não conseguem se defender por si só merecem e devem ser exploradas. Além disso eles gostam de corromper e destruir tudo que é bom e ordeiro, as pessoas são um joguete nas mãos deles e não é necessário muito esforço para atrair o desejo de destruição de um ser naturalmente desprezível, pois ele não o faz por vingança ou rincha, ele te destrói pelo simples prazer de destruir.

"outras pessoas e suas liberdades não são importantes se essas liberdades não podem ser instituídas por meio de sua própria força e mérito."

Este alinhamento pertence a todos aqueles que respeitam as leis em detrimento de tudo que é bom e libertador. Os rigorosamente malignos querem comandar o mundo ou ao menos moldá-lo de maneira que as leis sempre os favoreçam. Tudo que é bom é desprezado, todos os bons são seres medíocres e leis benéficas só existem se forem boas para eles, leis que beneficiam pessoas de outros grupos estão fora de cogitação para as personagens deste alinhamento. São extremamente fiéis entre os seus, traição é uma transgressão muito grave e imperdoável. Os membros deste alinhamento almejam o topo e vão utilizar as leis para chegarem até ele.

"aqueles que forem fracos demais para defender suas posses e posições nem merecem possuí-las."

As personagens deste alinhamento vêem a ordem e o caos como considerações desnecessárias, pois tudo é pura maldade. Eles possuem ciência de que o bem e o mal podem ser utilizados, mas ambos são desprezados como uma inútil, tola e grande confusão, eventualmente trazendo um mal maior para o mundo. Este entendimento sustenta que a procura em promover o bem-estar para todos, na verdade traz a desgraça para todos. Para os instintivamente egoístas, forças naturais que são destinadas a abater os fracos e estúpidos são artificialmente reprimidas pelo chamado “bem”, e os mais aptos são injustamente impedidos, então dessa forma, os meios podem ser usados para alguém poderoso ganhar poder e manter seu domínio, nada tendo com o que se preocupar.

"Se existe um meio fácil e rápido de obter lucro, seja legal, questionável ou ilegal, eu o quero. Minha lealdade baseia-se no poder e dinheiro, então, qual dos dois tens a me oferecer?"

Para os verdadeiramente leais, as leis e regulamentações que andam entre o bem e o mal são de suma importância para que haja harmonia suprema no mundo. Para as personagens deste alinhamento é estritamente necessário que haja ordem, mesmo que seja num governo democrático ou numa tirania. Rebeliões são vistas com desprezo pelos verdadeiramente leais, pois eles acreditam que se uma parcela da sociedade está insatisfeita com algo, ela deve conseguir mudar as regras do jogo usando as regulamentações e mantendo a ordem. Eles respeitam as hierarquias, seguem à risca as leis e estão mais preocupados com como elas são no papel e não como elas são postas em prática.  

"uma lei ser boa ou má é relativo, desde que traga ordem e significado."

Ao contrário dos rigorosamente malignos, os legalmente benevolentes acreditam nas leis que possam beneficiar o máximo de pessoas possíveis. As leis e a ordem são usadas como meios para assegurar que toda e qualquer forma de vida viva com dignidade. Claro, algumas liberdades precisa ser cortadas, mas tudo em nome da paz e da tranquilidade. Os personagens deste alinhamento vão sempre cooperar com autoridades em prol do benefício da maioria em detrimento das vontades de indivíduos. Aqui o coletivo, a ordem, as leis e a justiça têm forte apelo.

"membros fracos e oprimidos da sociedade devem ser autorizados a colher os benefícios da sociedade com equanimidade."

As personagens deste alinhamento acreditam que deve haver alguma maneira de combinar regulamentação com liberdade, para garantir que toda forma de vida inteligente possa aproveitar as maravilhas do mundo da melhor maneira possível. Aqui o amor pela leis é utilizado para trazer não só ordem mas também liberdade, felicidade e prosperidade. Os legítimos benfeitores valorizam tanto a liberdade quanto a adesão as leis, porém possuem plena ciência de que liberdade em demasia pode causar caos e conflitos. A ordem não é útil se não for trazer ordem a todos e nem a liberdade é algo bom se não traz o bem a todos. Eles acreditam num governo que possa governar da melhor maneira para todos, mas sem interferir diretamente na vida de ninguém.

"a vida é um direito de todas as criaturas e ela tem precedência sobre todos os outros."

Para os incansavelmente rebeldes, a liberdade individual, a independência e o respeito ao indivíduo têm um apelo muito forte, tão forte que eles gostam de difundir esse pensamento na maioria das pessoas que eles conseguem alcançar. As personagens deste alinhamento podem não se dar bem ou não se encaixar em sociedades com muitas ordens, leis e regulamentos, pois desprezam esse tipo de coisa. Regulamentos são só uma maneira de restringir sua liberdade individual e leis são criadas para serem quebradas, esse é o pensamento da personagem deste alinhamento. A ordem não é útil se não for trazer ordem a todos e nem a liberdade é algo bom se não traz o bem a todos. Os incansavelmente rebeldes acreditam que cada ser deve seguir sua própria consciência e eles gostam de mostrar as verdades por trás da sociedade para que cada um faça dela o que bem quiser.

"cada indivíduo é capaz de alcançar a autorrealização e prosperidade através de si mesmo."

Acima do respeito pela vida e o bem, ou o desrespeito pela vida e a promoção do mal, os espiritualmente livres se encontram na causalidade e desordem. O bem e o mal expressam os braços de uma balança e para que o caos por fim não sofra, nem são preferenciais nem devem prevalecer. Para as personagens desse alinhamento a liberdade absoluta é mais do que necessária. Se o indivíduo exercer tal liberdade de escolha entre fazer o bem ou o mal não existe preocupação, afinal se a vida em si for apenas lei e ordem, dessa forma, a morte é um fim desejável. Portanto, a vida somente pode ser justificada como uma ferramenta pela qual a ordem deve ser combatida, e no final, se tornar entropia. Personagens espiritualmente livres acreditam que não existe ordem alguma para qualquer coisa, incluindo suas próprias ações. Tendo isso como princípio orientador, eles tendem a seguir quaisquer caprichos que os atingirem naquele momento. O bem e o mal são irrelevantes quando vão tomar uma decisão, além do mais eles são extremamente difíceis de lidar. Tais personagens são conhecidos por serem felizes sem qualquer propósito aparente, jogando fora tudo o que tiverem na rolagem de um simples dado. Eles são quase totalmente confiáveis. Na verdade, a única coisa certa quanto a eles é que não são confiáveis!

"somos considerados os piores trapaceiros, pessoas irreverentes, não por ganho, mas por pura diversão. Nós não somos movido por fama ou riqueza, apenas tomamos ações para ver o que acontece.  Prezamos a liberdade definitiva e a desordem, se não concorda conosco, bem, é só não cruzar nosso caminho"